sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Hoje há assembleia....

Sem Marias José, sem Nogueiras, Pintos, Fernandes, Ricardos ou Gonçalves, sem Carrancas de desdém, sem espionagens ou aparelhos sonotones, sem bonança ou tempestade no laranjal, sem beijas-flor entre rosas, sem olhinhos à Seoul, sem revolucionário armando vara, jogando pau, lendo Orwell e ...o triunfo dos seus

Discutam Coura
, abafem ou desabafem a mando superior, mas, por favôr, não me insultem os palhaços !!!

Vão vêr que até nem custa nada...e o "Circo Courense" agradece...

Boa assembleia municipal e melhores desabafos.


16/12/2009 - PS - porque parece ter tudo, ou nada, a vêr... se acrescenta o texto seguinte

O Palhaço


O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais.

Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço.



Mário Crespo in JN (Jornal de Noticias) - 2009-12-14


É definitivo, o homem passou-se...Será esta a sua ultima crónica?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Dez abafos...mudos !!!


Sabia que...
-Entre 1835 e 1836 houve uma diminuição drástica no número de concelhos em Portugal, passando de 856 para 383?

-Actualmente existem 308 concelhos (278 em Portugal Continental, 19 nos Açores e 11 na Madeira)?

-Entre 1836 e 2004 houve apenas um aumento de 171 freguesias (4050 para 4251)?

-Em média os municípios portugueses têm 299 km2?

-O maior Município é o de Odemira com 1.784 km2?

-O município mais pequeno em área é o de São João da Madeira com 8 km2?

-As freguesias têm em média 21,6 km2?

-A maior freguesia é a de Santa Maria do Castelo (Alcácer do Sal) com 461,8 km2?

-As freguesias mais pequenas são as de São João do Souto (Braga) e de S. Mamede (Évora)?

-A população média dos municípios/concelhos é de 34.009 habitantes, segundo os Censos de 2001?

-O Município de Lisboa é o mais populoso com 540.022 habitantes?

-O Município menos populoso é o do Corvo (Açores), com 455 habitantes?

-46,8 % dos municípios tem entre 10.000 e 49.999 habitantes?

-A população média das freguesias é de 2.436 habitantes?

-A freguesia mais populosa é a de Algueirão-Mem Martins, do concelho de Sintra, com 62.557 habitantes?

-A freguesia menos populosa era a de Bigorne, Município de Lamego, com apenas 39 habitantes?

-A freguesia de Cunha é a maior freguesia do concelho com 11,75 km²?

-A freguesia de Cristelo, é a mais pequena do concelho com apenas 2,60 km2?

-Apenas 1 freguesia do concelho de Paredes de Coura (Santa Maria de Paredes de Coura) tinha em 2001 mais de 1.000 habitantes?

-Existem cinco zonas do continente ao nível NUTS II: Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve?

-Ao nível das NUTS III Paredes de Coura integra o Minho-Lima?

-Na versão original da CRP existia o conselho municipal como um dos órgãos representativos do município, além da câmara municipal e da assembleia municipal?

-Com a 1ª revisão constitucional, esse órgão passa a ser facultativo e dependente de deliberação da assembleia municipal?

-Com a Lei Constitucional nº 1/89 esse órgão desaparece?

-Em Portugal, o conceito de Autarquia aplicado ao Poder Local foi estabelecido pelo Professor Marcelo Caetano que importou o termo a partir da ciência jurídica italiana?

-Até 1996 nenhum eleito de freguesia tinha qualquer tipo de vencimento, auferindo apenas um subsídio?

Sem desabafo.....(por hoje!!)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

AFREPACO - A união faria a força.

Vivemos um tempo de “unir para melhor governar”, os concelhos associam-se por proximidade geográfica e/ou interesses comuns, gemina-se para compartir, as uniões de facto substituem-se ao casamento, um ministro alerta para a necessidade de reordenar o território, casando em comunhão de bens e adquiridos os seus filhos menores.

Assiste-se “de cadeirinha” à associação de padres e doutores, de engenheiros e professores, de agricultores e de funileiros…Até as confrarias, outrora santas, vão dos pi-pis ao bacalhau, do milho-miúdo ao vinho verde e do nabo aos brócolos, disputando entre si para confrades, ao cêntimo, as figuras do nosso jet7

Nos outros concelhos as freguesias unem-se em associações. E as nossas ? Como se unem? Com quem se unem?

Para além de uma associação nacional (ANAFRE), são inúmeras as associações de freguesias constituídas neste país. A lei n.º 175/99, veio estabelecer o regime jurídico comum das associações de freguesias de direito público, que resumidamente será o seguinte:

_ A associação de freguesias é uma pessoa colectiva de direito público, criada por duas ou mais freguesias geograficamente contíguas ou inseridas no território do mesmo município para a realização de interesses comuns e específicos
_ A associação de freguesias tem por fim a realização de quaisquer interesses no âmbito das atribuições e competências próprias das freguesias associadas, salvo as que, pela sua natureza ou por disposição da lei, devam ser realizadas directamente pelas freguesias

Podem constituir incumbências da associação de freguesias, designadamente, as seguintes:

a) Participação na articulação, coordenação e execução do planeamento e de acções que tenham âmbito inter-freguesias;

b) Gestão de equipamentos de utilização colectiva comuns a duas ou mais freguesias associadas;

c) Organização e manutenção em funcionamento dos serviços próprios….

O nosso concelho, assemelha-se a um reino do desperdício, do “tiro no pé” dado em nome do “se tu tens eu também quero”. Veja-se o caso dos 21 campos de futebol, dos 21 tractores, dos 21 polidesportivos, dos 21 balneários, das 21 casas mortuárias (reivindicadas), dos 21 funcionários de limpeza de bermas contratados…Tanto desperdício de investimento, tanta sobrecarga de endividamento e tão elevados custos de operação/manutenção.

Culpar a nossa câmara será sempre o caminho mais fácil, o mais imediato, mas não seria justo esquecer o quão difícil se tornará, por vezes, resistir ao apelo insistente e ao grito pela igualdade dos nossos presidentes de Junta….”Ferreira tem isto e nós não temos direito? Não é justo…”, “Bico tem aquilo e nós também queremos”, “S. Martinho de Coura, só não tem porque é do PSD” e tantas outras coisas se vão ouvindo pelos corredores municipais. Os autarcas no poder são sensíveis e… o “sim” é sempre mais fácil que o “não”.

Concordarão comigo que as nossas freguesias se caracterizam pela sua reduzida dimensão, pela carência extrema de verbas próprias ou atribuídas, por ser pasto fácil da desertificação e do envelhecimento. apresentando, também por isso, evidentes dificuldades no preparo dos seus candidatos e/ou eleitos, pelo que nunca lhes seria exigível “o céu e as estrelas”…

Unirem-se em associação, comprar 6 tractores em vez dos actuais 21, juntar-lhe, quem sabe, um camião ou dois, 2 máquinas escavadoras, um mini-bus, 3 carrinhas mistas …………Construir 5 em vez dos 21 polidesportivos e seus 21 balneários, juntar-lhe dois pavilhões cobertos (um em cada “meia” do concelho)…...construir 7 em vez das 21 casas mortuárias reivindicadas e juntar-lhes mais um lar e uma unidade de acamados (antecâmaras da morte) ….E sobraria dinheiro para outros investimentos julgados oportunos. Tudo isto se consegue, unam-se e legalizem-se esforços e vontades, escolham-se os mais capazes e… sempre em frente que se faz tarde.

Quem se atreve a dar o primeiro passo? Quem seria o presidente (de junta) mais capaz para liderar este processo? A quem mais interessa este “orgulhosamente sós”?

Seja muito Bem-Vinda Srª AFREPACO – Associação de Freguesias de Paredes de Coura

Bons Desabafos …

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Porto de abrigo vs cais de embarque...

Folheio a última edição do Noticias de Coura

Opinião, desporto, política local, cultura….. Noticias das freguesias e do concelho.

Fui num sprint e voltei numa maratona, foram dez segundos para viajar da primeira à última página e mais de duas horas na leitura de regresso. Quarenta foram os mergulhos dados, da prancha dos títulos ao fundo dos conteúdos. Gostei …

No mergulho vinte e nove, ao fundo da página, Vítor Paulo Pereira é apresentado como novo chefe de gabinete de Pereira Júnior, sucedendo nesse cargo a Manuel Gonçalves. Até aqui nada de novo, apenas a confirmação de algo que todos sabiam e… a maioria aplaude.

Três mergulhos depois, a toda a página, no topo Vítor Paulo faz Pólvora e Sangue com a palavra e, ao rodapé, Manuel Gonçalves faz da justiça a sua actualidade.

A leitura destas duas páginas resultou-me interessante; O agradecimento da oportunidade concedida às gerações mais novas e a recusa à especificação, sempre castradora, de funções; A disponibilidade para participar nas grandes decisões surge abraçada à confissão dessa mesma vontade; O juramento de lealdade aparece de mão dada com o exercício de cidadania e as declarações de amor à nossa terra. A postura assumida pelo “Colibri” nestas suas curtas declarações (pág36) assenta numa mistura (ligeira confusão?) entre o que é um contratado e um eleito.
Ou é do meu nariz ou ....cheira muito a candidato, não cheira?

Curiosa e nada inocente, foi a chamada para a página do sucessor (Vítor Paulo), do texto de opinião do sucedido (M. Gonçalves). Este sobrepor opinativo, na proporção 2 para 1, duas folhas A4 para quem entra e apenas uma para quem sai, com temas que não sendo paralelos acabam por confluir…. Uma paginação oportuna, diria eu.

A comparativa parece intencionalmente forçada pela edição do jornal; O Vítor num estilo culto mas fantasista, sonhador, pés descalços e cabelos ao vento numa metaforização insaciável …….O Manuel num formalismo inteligente, rigoroso, técnico, conhecedor, planeamento dos princípios para certeza dos fins.

Diferentes no estilo e na forma, na formação e na geração……parecem duas boas soluções para uma mesma chefia, muito iguais na diferença. Manuel Gonçalves encontrou o seu “Porto de Abrigo” e lá permaneceu calmamente, Vítor Paulo pode ter chegado ao seu “Cais de Embarque” e aí..... vir a encontrar o desassossego.

Porto de Abrigo vs Cais de Embarque - Isto pode fazer toda a diferença…

Melhor perfil para chefe de gabinete, Manuel Gonçalves ou Vítor Paulo?

Bons Desabafos...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Fui levar castanhas à feira...

O Outono já chegou
Celebremos o S. Martinho!
O ouriço já secou,
Nas castanhas eu alinho!

Paredes de Coura está em brasas, as castanhas repousam as barrigas no quentinho de uma caruma, o concelho é varrido por um delicioso cheirinho a castanha assada, aqui ou ali é o aroma da erva-doce quem dita lei, cozem-se as castanhas que sempre ficarão mais “molinhas”, os dentes já não ajudam e também…” o nosso Manel, inda num foi este ano que montou a lareira prometida”

O Jarro está na mesa, uns dois litrotes de tintol das leiras do quinteiro, antes pra mais que pra menos que as castanhas, porque secam as goelas, querem-se sempre bem regadinhas..... a noitada adivinha-se longa e a digestão difícil.

Arrastem um banquinho aqui pró pé da lareira, peguem duas castanhas ou três, soprem “por môr de num se aqueimarem” peguem numa “malguinha” e sejam muito bem-vindos ao magusto aqui do blog (escusam de pedir água-pé, que disso num tenho)…

A simplicidade em forma de nome, chamam-lhe castanha porque é a cor da sua pele quando adulta… poderia chamar-se branca ou preta sem racismo ou preconceito, poderia até ser cinzenta, tão cinzenta como hoje o será, a feira onde outrora as gentes de Coura, cestinhos à cabeça, quinzenalmente a vendiam para, com o dinheiro feito, comprar uns trapitos e uns tamanquinhos pró filho mais velho, oito anos de ranho e acabadinho de entrar na escolinha da aldeia.

As conversas são como as castanhas, os tremoços ou as cerejas, todo o mal é começar, e eu com duas malguinhas a mais, sinto-me capaz de ter ideias pra mudar a minha casinha e um pedaço do mundo.

Estacionado algures entre a nona e a décima malga, dou por mim a pensar o que fazer com a nossa feira quinzenal, de que cores a renovar, o que será preciso para eu lá poder voltar a vender castanhas, como arranjar compradores, como arranjar mais quem venda para que quem quer (precisa) comprar, possa sair da feira com as suas necessidades satisfeitas ….

Pensei tanto e tanto, que já não sabia bem de onde vinha aquele cheirinho a queimado e aquele calorzinho; Seria o cérebro a arder? Seria da castanha metida na boca sem soprar? Entornada meia malga na camisa Domingueira….eis que se fez luz na minha ébria mente…

Duas possibilidades para a nossa feira vieram ter comigo:

- Acabar com ela, pura e simplesmente, sem hesitações ou amarras tradicionalistas, evitando vergonhas e tentando, desta forma, potenciar o comércio de loja forçando o distribuir entre si das parcas compras das poucas pessoas existentes.

- Mudar a nossa feira para o Domingo, mantendo o seu carácter quinzenal, realizando-a aos segundos e quartos Domingos de cada mês, aproveitando assim a periodicidade mensal da feira dos Santos-Cerdal bem coma a sua proximidade. Tentando com esta mudança tirar partido da apetência do galego rural por feiras e mercados, da maior disponibilidade de tempo nesse dia da semana, do recente fenómeno do passeio-de-compras ao Domingo, da dificuldade (manifesta) dos feirantes em encontrar outra “grande feira” onde possam vender nos três domingos sobrantes aos Santos e, não menos importante….a fuga oportuna ao domínio esmagador, asfixiante, da nova menina dos olhos dos feirantes e dos compradores, a, agora, sábado sim, sábado também, feira de Vila Nova de Cerveira.

….Claro que seria necessário bastante investimento publicitário, muitos jogos de sedução e algum esforço financeiro.

Comam mais uma castanhita, bebam mais uma malguita…. Continuem a dar dois deditos de paleio, e se virem que tal, ignorem o que me leram depois da quinta malga…

Desabafei até ao fim sem vomitar? Foi milagre de S. Martinho….que o vinho esse foi bastante, posso assegurar-vos.


Bom magusto para todos…

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ginjas e abafadinhos...

Oito dias de ginjas e "abafadinhos"...
Que se passou em Coura desde o meu último desabafo?

A câmara tomou posse, sem surpresas, sem recusas ou promoções, sem pelouros para a oposição e, aparentemente, sem discórdia.
Dois vereadores a tempo inteiro nesta terra de Marinheiros, são aposta ou pagamento? Compromisso com Coura ou com os empossados? Só o futuro o dirá...

A assembleia municipal tambem foi empossada, com uma aposta de continuidade na presidência e no secretariado, algumas caras novas nas bancadas (mais no PSD e no PCP) e um primeiro voto "alinhado" pela estratégia partidária por parte dos Srs Presidentes das juntas do PSD (sol de pouca dura, querem apostar?) e... muito poucas faltas à chamada.
Quem dominará o debate na próxima legislatura? Vencerão os calados ou os intervenientes? Quantos serão os que rezam padre-nossos e os "Srs Amén"? Haverá quem quebre votos de silêncio? Serão mais aqueles que vão debater Coura ou.......aqueles que vão receber 60 e tal Euros só para, entre sonecas, levantar "a pedido" o indicador da mão direita?. A ver vamos...

O Albano, o Sr Castanheira, após 27 anos de entrega total a uma causa, a sua causa, reclama da injustiça das suas gentes e apresenta como certo o seu abandono da presidência da ACD de Castanheira.

Vamos lá ver se alguem me esclarece estas dúvidas: Quando alguem se candidata, nas listas de um grande partido, a um determinado cargo faz-o, supostamente, confiante nas suas capacidades e esperançado nos resultados, verdade? O Albano aceitou candidatar-se num lugar elegivel, foi apresentado como futuro vereador a tempo inteiro, com o pelouro da cultura e do desporto de antemão atribuídos, verdade? Então, por incompatibilidade de funções e escassez de tempo, caso o PSD saisse vencedor destas eleições, Albano Sousa abandonaria a presidência da ACDC, verdade? Perdendo abandona, ganhando abandonaria...onde estará a diferença? Ou será que a candidatura do PSD era um embuste, uma brincadeira em que nem os próprios acreditavam? E por último, sabendo-se ser o Albano um homem organizado, ponderado, com um amor quase paternal pela sua Associação de Castanheira, não seria suposto ele ter uma boa alternativa directiva preparada para o caso de vir a ganhar as autárquicas? Então, será só colocar essa alternativa na mesa e....VIVA O CASTANHEIRA!!!

Muito do que escrevi no parágrafo anterior servirá ao Sr Barbosa de Bico, deixem-se de birras e azias e vamos lá continuar a dançar e chutar pelas vossas "meninas dos olhos"...

Parece que há também, Juntas que se queixam do esforço colocado no aperfeiçoamento caligráfico da assinatura (repetindo-a à exaustão) por parte dos executivos anteriores, há quem se queixe de nem ter dinheiro para "mandar tocar um cego", há quem vá mais longe e fale em ......tribunais de contas
E há tambem quem, sendo eleito pelo PSD, se proponha fazer uma festa de homenagem ao seu antecessor que, por acaso, é um conhecido militante do PS

Aguardemos novos desenvolvimentos....

Se "sabe coisas" novas, desabafe-as pra nós...
Se não sabe, desabafe sobre estas que já são velhinhas....

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Valerá a "PENA" ou.....mete pena.?

Há coisas que pela grandiosidade do seu esboçar, pelo contraste violento, adivinhado, entre o hoje e o amanhã, pela dúvida levantada no emoldurar do nosso ontem, nos deixarão sempre meio perdidos entre o mel do sonho e o fel do pesadelo, perdidos no medo de um acordar feito de amargos de boca e achados na esperança do despertar de sonho...

O empreendimento turistico da Pena, esse gigante anunciado, capaz por si só de mudar todo o enquadramento visual da nossa vila, de alterar aquela encosta presépiana de musgos e desalinhos enfeitada, um monte vestido de chita , transformando-a numa gigantesca árvore de natal, igualmente verde, aparentemente natural, mas demasiado arranjadinha, certinha, coberta dos melhores enfeites e de "vison" ao ombro, talvez com demasiado brilho para o nosso pacato olhar....Belo, sem dúvida, muito belo o que se esboça prá Pena. Grande, sem dúvida, muito grande o que se anuncia prá Pena, mas..... nem sempre joga bem, um bom-gigante metido em equipas de anões....

O texto que se segue, tenta apenas ser uma achega ao debate, ficando desde já prometidas outras "achas prá fogueira" ou "águas prá fervura".

"...A realidade dos campos de golfe do líder Rui Soalheiro
Os campos de golfe, estão unidos sempre a urbanizações do território, normalmente são o meio, para requalificar terrenos agrícolas que deveriam ser protegidos, obtendo benefícios milionários á custa da depredação do território. A sua inclusão em projectos urbanísticos unicamente é para encarecer o preço de venda das vivendas, construídas no seu entorno, ainda que a maioria de compradores não pratiquem o golfe.
Os impactes ambientais dos campos de golfe são diversos; Consumo de território, urbanização do meio natural e rural, perda de corredores biológicos entre espaços naturais, contaminação de aquíferos, desfiguração da paisagem, pressão humana pelo incremento do trafico, ruído, contaminação luminosa nocturna, etc.
Um campo de golfe é um ambiente ajardinado, onde a vegetação natural e autóctone é mudada para uma artificial que se mantêm com regas intensivas e com aplicações de grandes quantidades de, fungicidas, herbicidas, insecticidas, destinados a conservar os relvados e “green” (ervas adventícias, toupeiras, minhocas, etc.), ao ser tóxicos, persistentes e bio acumulativos e pouco selectivos, não atacam só as espécies consideradas “não desejadas”, mas também afectam a ao ser humano e aos habitats próximos.
Quanto aos fertilizantes, aplicam-se normalmente grandes quantidades de químicos azotados que salinam o solo e contaminam os aquíferos de água, rios e ribeiras.
Os campos de golfe estão obrigatoriamente sujeitos a avaliação de impacte ambiental, nos termos do regime jurídico da avaliação de impacte ambiental dos projectos públicos e privados susceptíveis de produzirem efeitos significativos no ambiente, actualmente regulado pelo Decreto-Lei nº 69/2000
A água como recurso local e o desenvolvimento sustentável:

A manutenção das grandes extensões de relvado dos campos de golfe, consumem grandes quantidades de água, sobretudo na primavera e verão, devido á evaporação e pouca fluviométrica. Calcula-se que as necessidades hídricas de um campo de golfe de 50 hectares, pode ser superior aos 500.000 m3 anuais (o equivalente ao consumo doméstico de mais de 12.000 pessoas.
Hoje a água é um recurso que temos que salvaguardar, um bem cada vez mais escasso e indispensável para a vida e para um desenvolvimento sustentável, para que dure no tempo e beneficie á sociedade e não a uma elite inconsciente e depredadora....."

Com a devida vénia:
José-morais

Valença do Minho, 18 de Outubro de 2009

Afirmo já que, Neste momento.... nem sou a favor nem contra, muito pelo contrário
Só para que conste...

Quanto a vocês, Metam "PENA" nos comentários e desabafem sem.....pena!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Estou simmmm!!! É pra mim....

“Olá bom-dia, daqui fala a Marta, em que posso ser-lhe útil?”

Um telefone, centenas de telefones, vozes que se cruzam, se misturam numa desorganização absurdamente organizada de mensagens necessariamente curtas, educadas e eficazes. Bem-Vindos ao “Call-Center de Paredes de Coura”, uma fábrica de recados padronizados e de posturas robotizadas……

Depois deste cenário futurista, vamos lá ao “desabafo” a que me proponho e que é o seguinte: Em Portugal, funcionam quase 500 call-centers, empregando cerca de 50 mil pessoas. O sector cresce 8% em média anual, só a PT- Portugal Telecom, contará, presentemente, com cerca de 5 mil lugares de atendimento e mais de 8 mil colaboradores.

Esta (PT) e outras operadoras, têm apostado na criação destes centros no interior do país, uma vez que a rotação dos colaboradores é menor do que nos grandes centros urbanos, o que reduz sobremaneira os gastos com a formação e se reflecte, finalmente, na qualidade dos serviços prestados.

A estas grandes vantagens, acrescenta-se uma outra não menos importante, a insignificância do valor aquisitivo de terrenos e de custos de construção, ou, a haver uma outra opção, do baixo custo de arrendamento de grandes espaços edificados, espaços esses, indispensáveis ao funcionamento duma estrutura desta envergadura.

Sei muito bem que, nestes Call-Centers, se pratica a concentração de mão-de-obra intensiva, a parcelização do espaço, a uniformização de procedimentos, a centralização estatística e da vigilância, também sei que, muitas vezes estes empregos são de curta durabilidade e com remuneração de referência não demasiado elevada (500€ a média).

Sei ainda que, nestes centros se contratam preferencialmente jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, se possível em situação de primeiro emprego, só pelas vantagens daí resultantes para uma menor (ou mesmo nula) tributação para a segurança social.

Mas, mesmo sabendo destas e doutras “filhas-da-putice” praticadas, mesmo sabendo não se tratar de nenhuma “árvore das patacas” ou “galinha dos ovos de ouro”…….apesar disso, acho que, esta, seria uma solução laboral para Paredes de Coura e para a fixação de alguns (centenas?) dos seus jovens, bem como, seria uma excelente alternativa ao emprego fabril oferecido nas zonas industriais mais próximas

É preciso não esquecer que Coura é interior profundo… que as rodoviárias são as piores das nossas vias de comunicação. Não seria uma opção a considerar, a do uso das demais vias no combate ao isolamento, ao envelhecimento e à desertificação?

O mais importante de tudo, é que não é sonho ou utopia…….é possível, bem possível

Por mim, venha de lá este tal de Call-Center….

E por vocês? Que desabafo vos merece?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Uma pipa de massa...

Remunerações de autarcas e pessoal do gabinete de apoio para as autarquias com menos de 10000 Habitantes:

ELEITOS LOCAIS:
- Presidente da Câmara - 40% do PR / € 3.053,00 + € 888,78 de despesas de representação (30% da remuneração base);
- Vereador a Tempo Inteiro - 80% do Presidente da Câmara / € 2.442,40 + € 444,39 (20% da remuneração base);

- Senha de Presença, por reunião, dos outros vereadores e membros da Assembleia Municipal - € 61,06 / 2% do Presidente da Câmara;
- Presidente da Assembleia Municipal - € 91,59 / 3% do Presidente da Câmara;
- Secretários da Assembleia Municipal - € 76,33 / 2,5% do Presidente da Câmara.

PESSOAL DO GABINETE DE APOIO:
- Chefe de Gabinete – 90% da remuneração base do Vereador a Tempo Inteiro - € 2.198,16
- Adjunto do Presidente da Câmara - 80% da remuneração base do Vereador a Tempo Inteiro - € 1.953,92;
- Secretários - 60% da remuneração base do Vereador a Tempo Inteiro – € 1.465,44.
Têm direito ainda a subsídio de refeição no valor de € 4,27/dia.

Portanto. a passagem para o regime de dois vereadores a tempo inteiro, custa aos cofres do municipio, deixem cá ver; 2442,40 x 14 mais 449,39 x 12 mais 4,27x22x12.....bem, é só fazerem as contas !!!

Dir-me-ei e dir-me-ão vocês; O importante é agilizar os serviços, potenciar as competências, aumentar as disponibilidades, dispersar os pelouros, muscular e solidificar equipas...Concordo que sim, acho mesmo que todos concordarão

Mas que a opção por 2 vereadores (e um assessor) custa uma pipa de massa, lá isso custa...

Depois é tão lindo ouvir falar em "causas públicas", em "serviços de missão" e em "missões de sacrificio"...

That is the question:
Dois vereadores a tempo inteiro, é uma boa opção? Desabafem lá...


terça-feira, 20 de outubro de 2009

A arte do insulto

"-Para que seja possível insultar alguém com alguma dignidade e inteligência, não basta o palavrão batido, a expressão ordinária e repetida, a referência aos parentes próximos ou o achincalhamento próprio dos simplórios e dos parlapatões sem ideias. Para bem insultar alguém, é necessária alguma arte e estilo; É necessário que se possuam recursos linguísticos e imaginação suficiente, para poder improvisar metáforas inteligentes. São estas metáforas que muitas vezes constituem autênticos homicídios de personalidade para o insultado mas que ele, apesar de tudo, pode tolerar sem a verdadeira e irreversível ofensa. A arte de bem insultar é sempre uma demonstração de agudeza de espírito por parte de quem em determinada altura sente necessidade de dizer a outrem o quão mau, baixo, ou estúpido é, ou está a ser momentaneamente. O insulto demonstra, quando inteligente, uma boa integração social, humor, capacidade de análise e de reacção a factos adversos. O insulto, se inteligente, é libertário, democrático, humanista e terapêutico. O insulto, não é desprezível nem deve ser desprezado. Não se deve jamais confundir o “bom insulto” com ordinarice, demência, saloiice ou vulgaridade. O “bom insulto” é insolente, é malicioso, é diabolicamente perverso e ao mesmo tempo elegante e quase aristocrático...."

Saiam à rua, apareçam, debatam e insultem com elegância, ou então… vão afogar peixes.

Segue-se um sempre indesejado "Apagão",alguns comentários ficarão, necessáriamente, às escuras...A culpa é da EDP

EDP = Estupidez Das Palavras