quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Valerá a "PENA" ou.....mete pena.?

Há coisas que pela grandiosidade do seu esboçar, pelo contraste violento, adivinhado, entre o hoje e o amanhã, pela dúvida levantada no emoldurar do nosso ontem, nos deixarão sempre meio perdidos entre o mel do sonho e o fel do pesadelo, perdidos no medo de um acordar feito de amargos de boca e achados na esperança do despertar de sonho...

O empreendimento turistico da Pena, esse gigante anunciado, capaz por si só de mudar todo o enquadramento visual da nossa vila, de alterar aquela encosta presépiana de musgos e desalinhos enfeitada, um monte vestido de chita , transformando-a numa gigantesca árvore de natal, igualmente verde, aparentemente natural, mas demasiado arranjadinha, certinha, coberta dos melhores enfeites e de "vison" ao ombro, talvez com demasiado brilho para o nosso pacato olhar....Belo, sem dúvida, muito belo o que se esboça prá Pena. Grande, sem dúvida, muito grande o que se anuncia prá Pena, mas..... nem sempre joga bem, um bom-gigante metido em equipas de anões....

O texto que se segue, tenta apenas ser uma achega ao debate, ficando desde já prometidas outras "achas prá fogueira" ou "águas prá fervura".

"...A realidade dos campos de golfe do líder Rui Soalheiro
Os campos de golfe, estão unidos sempre a urbanizações do território, normalmente são o meio, para requalificar terrenos agrícolas que deveriam ser protegidos, obtendo benefícios milionários á custa da depredação do território. A sua inclusão em projectos urbanísticos unicamente é para encarecer o preço de venda das vivendas, construídas no seu entorno, ainda que a maioria de compradores não pratiquem o golfe.
Os impactes ambientais dos campos de golfe são diversos; Consumo de território, urbanização do meio natural e rural, perda de corredores biológicos entre espaços naturais, contaminação de aquíferos, desfiguração da paisagem, pressão humana pelo incremento do trafico, ruído, contaminação luminosa nocturna, etc.
Um campo de golfe é um ambiente ajardinado, onde a vegetação natural e autóctone é mudada para uma artificial que se mantêm com regas intensivas e com aplicações de grandes quantidades de, fungicidas, herbicidas, insecticidas, destinados a conservar os relvados e “green” (ervas adventícias, toupeiras, minhocas, etc.), ao ser tóxicos, persistentes e bio acumulativos e pouco selectivos, não atacam só as espécies consideradas “não desejadas”, mas também afectam a ao ser humano e aos habitats próximos.
Quanto aos fertilizantes, aplicam-se normalmente grandes quantidades de químicos azotados que salinam o solo e contaminam os aquíferos de água, rios e ribeiras.
Os campos de golfe estão obrigatoriamente sujeitos a avaliação de impacte ambiental, nos termos do regime jurídico da avaliação de impacte ambiental dos projectos públicos e privados susceptíveis de produzirem efeitos significativos no ambiente, actualmente regulado pelo Decreto-Lei nº 69/2000
A água como recurso local e o desenvolvimento sustentável:

A manutenção das grandes extensões de relvado dos campos de golfe, consumem grandes quantidades de água, sobretudo na primavera e verão, devido á evaporação e pouca fluviométrica. Calcula-se que as necessidades hídricas de um campo de golfe de 50 hectares, pode ser superior aos 500.000 m3 anuais (o equivalente ao consumo doméstico de mais de 12.000 pessoas.
Hoje a água é um recurso que temos que salvaguardar, um bem cada vez mais escasso e indispensável para a vida e para um desenvolvimento sustentável, para que dure no tempo e beneficie á sociedade e não a uma elite inconsciente e depredadora....."

Com a devida vénia:
José-morais

Valença do Minho, 18 de Outubro de 2009

Afirmo já que, Neste momento.... nem sou a favor nem contra, muito pelo contrário
Só para que conste...

Quanto a vocês, Metam "PENA" nos comentários e desabafem sem.....pena!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Estou simmmm!!! É pra mim....

“Olá bom-dia, daqui fala a Marta, em que posso ser-lhe útil?”

Um telefone, centenas de telefones, vozes que se cruzam, se misturam numa desorganização absurdamente organizada de mensagens necessariamente curtas, educadas e eficazes. Bem-Vindos ao “Call-Center de Paredes de Coura”, uma fábrica de recados padronizados e de posturas robotizadas……

Depois deste cenário futurista, vamos lá ao “desabafo” a que me proponho e que é o seguinte: Em Portugal, funcionam quase 500 call-centers, empregando cerca de 50 mil pessoas. O sector cresce 8% em média anual, só a PT- Portugal Telecom, contará, presentemente, com cerca de 5 mil lugares de atendimento e mais de 8 mil colaboradores.

Esta (PT) e outras operadoras, têm apostado na criação destes centros no interior do país, uma vez que a rotação dos colaboradores é menor do que nos grandes centros urbanos, o que reduz sobremaneira os gastos com a formação e se reflecte, finalmente, na qualidade dos serviços prestados.

A estas grandes vantagens, acrescenta-se uma outra não menos importante, a insignificância do valor aquisitivo de terrenos e de custos de construção, ou, a haver uma outra opção, do baixo custo de arrendamento de grandes espaços edificados, espaços esses, indispensáveis ao funcionamento duma estrutura desta envergadura.

Sei muito bem que, nestes Call-Centers, se pratica a concentração de mão-de-obra intensiva, a parcelização do espaço, a uniformização de procedimentos, a centralização estatística e da vigilância, também sei que, muitas vezes estes empregos são de curta durabilidade e com remuneração de referência não demasiado elevada (500€ a média).

Sei ainda que, nestes centros se contratam preferencialmente jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, se possível em situação de primeiro emprego, só pelas vantagens daí resultantes para uma menor (ou mesmo nula) tributação para a segurança social.

Mas, mesmo sabendo destas e doutras “filhas-da-putice” praticadas, mesmo sabendo não se tratar de nenhuma “árvore das patacas” ou “galinha dos ovos de ouro”…….apesar disso, acho que, esta, seria uma solução laboral para Paredes de Coura e para a fixação de alguns (centenas?) dos seus jovens, bem como, seria uma excelente alternativa ao emprego fabril oferecido nas zonas industriais mais próximas

É preciso não esquecer que Coura é interior profundo… que as rodoviárias são as piores das nossas vias de comunicação. Não seria uma opção a considerar, a do uso das demais vias no combate ao isolamento, ao envelhecimento e à desertificação?

O mais importante de tudo, é que não é sonho ou utopia…….é possível, bem possível

Por mim, venha de lá este tal de Call-Center….

E por vocês? Que desabafo vos merece?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Uma pipa de massa...

Remunerações de autarcas e pessoal do gabinete de apoio para as autarquias com menos de 10000 Habitantes:

ELEITOS LOCAIS:
- Presidente da Câmara - 40% do PR / € 3.053,00 + € 888,78 de despesas de representação (30% da remuneração base);
- Vereador a Tempo Inteiro - 80% do Presidente da Câmara / € 2.442,40 + € 444,39 (20% da remuneração base);

- Senha de Presença, por reunião, dos outros vereadores e membros da Assembleia Municipal - € 61,06 / 2% do Presidente da Câmara;
- Presidente da Assembleia Municipal - € 91,59 / 3% do Presidente da Câmara;
- Secretários da Assembleia Municipal - € 76,33 / 2,5% do Presidente da Câmara.

PESSOAL DO GABINETE DE APOIO:
- Chefe de Gabinete – 90% da remuneração base do Vereador a Tempo Inteiro - € 2.198,16
- Adjunto do Presidente da Câmara - 80% da remuneração base do Vereador a Tempo Inteiro - € 1.953,92;
- Secretários - 60% da remuneração base do Vereador a Tempo Inteiro – € 1.465,44.
Têm direito ainda a subsídio de refeição no valor de € 4,27/dia.

Portanto. a passagem para o regime de dois vereadores a tempo inteiro, custa aos cofres do municipio, deixem cá ver; 2442,40 x 14 mais 449,39 x 12 mais 4,27x22x12.....bem, é só fazerem as contas !!!

Dir-me-ei e dir-me-ão vocês; O importante é agilizar os serviços, potenciar as competências, aumentar as disponibilidades, dispersar os pelouros, muscular e solidificar equipas...Concordo que sim, acho mesmo que todos concordarão

Mas que a opção por 2 vereadores (e um assessor) custa uma pipa de massa, lá isso custa...

Depois é tão lindo ouvir falar em "causas públicas", em "serviços de missão" e em "missões de sacrificio"...

That is the question:
Dois vereadores a tempo inteiro, é uma boa opção? Desabafem lá...


terça-feira, 20 de outubro de 2009

A arte do insulto

"-Para que seja possível insultar alguém com alguma dignidade e inteligência, não basta o palavrão batido, a expressão ordinária e repetida, a referência aos parentes próximos ou o achincalhamento próprio dos simplórios e dos parlapatões sem ideias. Para bem insultar alguém, é necessária alguma arte e estilo; É necessário que se possuam recursos linguísticos e imaginação suficiente, para poder improvisar metáforas inteligentes. São estas metáforas que muitas vezes constituem autênticos homicídios de personalidade para o insultado mas que ele, apesar de tudo, pode tolerar sem a verdadeira e irreversível ofensa. A arte de bem insultar é sempre uma demonstração de agudeza de espírito por parte de quem em determinada altura sente necessidade de dizer a outrem o quão mau, baixo, ou estúpido é, ou está a ser momentaneamente. O insulto demonstra, quando inteligente, uma boa integração social, humor, capacidade de análise e de reacção a factos adversos. O insulto, se inteligente, é libertário, democrático, humanista e terapêutico. O insulto, não é desprezível nem deve ser desprezado. Não se deve jamais confundir o “bom insulto” com ordinarice, demência, saloiice ou vulgaridade. O “bom insulto” é insolente, é malicioso, é diabolicamente perverso e ao mesmo tempo elegante e quase aristocrático...."

Saiam à rua, apareçam, debatam e insultem com elegância, ou então… vão afogar peixes.

Segue-se um sempre indesejado "Apagão",alguns comentários ficarão, necessáriamente, às escuras...A culpa é da EDP

EDP = Estupidez Das Palavras

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Hoje sou ...

"Hoje vou dormir como um cão... vou enrolar-me, rosnar e sonhar com um país cheio de ossos já sem carne visível mas ainda assim, apetecível para TODOS os partidos políticos em campanha.

Ao acordar... vou cheirar o próprio rabo e deixar que os meus correlegionários cheirem o meu como sempre se fez na matilha.

Depois, vou sair para a rua a lamber as caras dos possíveis votantes, ladrando as mesmas promessas ou desculpas de sempre e outras que me hão-de ocorrer a cada árvore a que levante a pata."


Lamberei todas as caras, ladrarei como um desalmado....mijarei até que a bexiga me doa, prometerei abraçadinho a todas as árvores....Até então, serei fiel, serei infiel, só muito raramente serei "EU"...

...amanhã serei o novo Presidente

...Quem serei?





quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Engasguei-me com tremoços

Tarde de terça-feira de um Outubro de veraneio.
As eleições que já se foram, as uvas que já tirei e as castanhas que, ainda, não apanhei...
Dado à molenguice e à preguicite aguda espraio-me pela Miguel Dantas...
Refastelo-me numa cadeira de esplanada, em arriscado jogo de equilibrio, entre o sentado e o deitado, meto nariz no copo de fino e dedico-me a uma prova de tiro ao problema com os tremoços...
Aponto tremoço para um lado e não vejo pessoa para me servir de alvo, aponto para o outro lado e é mais do mesmo....depois de 3 tremoçadas no tronco mais próximo, e uma meia duzia na goela (só para forrar cerveja) dou por mim, a pensar onde estaria a gente da minha terra...
A vila, essa está linda, airosa e fresca, os cabelos em caracois de ruralidade descendo-lhe até aos ombros, serpenteando monte abaixo até abraçar no rosto, na cara desta terra, os traços de urbanidade citadina com que o homem (Pereira Júnior) recentemente a maquilhou, dando-lhe profundidade, transversalidade, equilibrio funcional, hidratando-lhe a textura eminentemente granitica.
Mas, e haverá sempre um "mas" que se atravessa, a nossa vila parece-se demasiado com um cenário de uma telenovela em final de gravação; Tanto cenário para tão pouca figuração e quase nenhum figurino...vazia, não se vê ninguem, apenas uma meia duzia de caras conhecidas, lugares marcados até na parede onde os cus se encostam, o comércio a sentir as moscas por entre o silêncio da morte anunciada e os seus donos com cara de quem, só os gritos das guitarras vindos do lado do Tabuão, anualmente teimarão em ressuscitar
Culpo o poder por este vazio? Tambem, mas não só...
A iniciativa privada nada fez, nada faz, a aplicação das receitas dos emigrantes é capitalizada por outros concelhos, os nossos líderes servem de péssimo exemplo ao assumir a opção pela residência no exterior, apesar de aqui exercerem funções( Não é Zé Augusto?), as freguesias tão necessárias ao turismo rural, ambiental, cinegético, tradicional....andam ocupadissimas na compra massiva de tractores, a limpar valetas de caminhos inúteis e a projectar casas mortuárias...quando o importante seria o cuidar dos vivos, até porque, a morte não se projecta... acontece (não é Paula?)
Junior, sem ser Deus algum, é o anjo branco no meio deste purgatório, onde todos pecam e ninguem se confessa, onde todos falam e eu não faço nada, onde Judas trai, ora espetando foices nas Portas ora fazendo cruzes nos martelos ( Não foi Venâncio?) . Há convicções que não duram mais que 21 comícios e há pessoas que acabam confundidas (não é Albano?)
É verdade, quase que me esquecia, votei Pereira Júnior, nem por isto nem por aquilo, nem por mais nem por menos, nem por tacho nem por panela....apenas porque o escorregar nas suas mais-valias me impediria o mergulhar num parque aquático.
Parque de diversões aquático? Em Coura?Francamente, cresce PPD/PSD CRESCE...



terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sou todo olhinhos para vós...

O Blog é vosso, o desabafo nosso, as eleições são a actualidade.
Abafem ou desabafem segundo os vossos alinhamentos.
E agora? Quem e como?
2013 é já amanhã. Hoje, quais os rostos que colocariam nos outdoors de amanhã?
Será que o Décio, após cumprir o chamado "período de nojo", vai voltar em força e de cara lavada?
Que papel, terá Pereira Júnior na escolha do seu sucessor?
Guerras intestinas entre Rosas, na luta pelo poder, serão previsiveis?
...e mil e uma perguntas mais.